Em 2022 o MEC lançou, depois de muitas controvérsias e atrasos, o edital Sistec para a oferta de cursos técnicos por parte das instituições de ensino superior (IES) em todo o Brasil, abrangendo as modalidades presencial e de EaD.
Enfim, chegamos a 2023. O que se deve esperar do Sistec? Quais as tendências do ensino técnico para este ano? Será que finalmente teremos um novo ciclo virtuoso na formação da mão de obra técnica brasileira? Ou será que vamos continuar amargando o grande apagão de mão de obra qualificada, deixando o Brasil na lanterna entre os países que menos forma mão de obra técnica no mundo?
Quer saber mais sobre isso? Se você é proprietário, dirigente ou gestor de uma escola técnica ou IES e se interessa sobre esse assunto, não deixe de ler este artigo atentamente. Queremos ouvir a sua opinião!
Ensino técnico versus mercado de trabalho
Não há uma previsão exata para o cenário dos cursos técnicos no Brasil em 2023, mas esperamos que haja uma elevação na demanda por profissionais habilitados nesta área, especialmente em setores como tecnologia, indústria e infraestrutura. Além disso, a tendência é de que os cursos técnicos evoluam para se adaptarem às necessidades da economia, com ênfase em habilidades digitais e inovação, bem diferente do que aconteceu na primeira edição do Pronatec, quando as IES habilitadas procuraram repetir as mesmas fórmulas do ensino superior para suprir o mercado com uma avalanche de estudantes recém e mal formados.
O resultado não poderia ter sido outro. As empresas seguem necessitando de mão de obra qualificada, sobretudo no setor de tecnologia e economia criativa, e, do outro lado, alunos do ensino superior tentam preencher esses postos de trabalho com uma formação completamente antagônica às reais necessidades das empresas.
A demanda insuficiente por profissionais habilitados em áreas técnicas, especialmente em setores como tecnologia, indústria e infraestrutura, tem afetado a competitividade da economia brasileira, limitando o crescimento de algumas indústrias. A formação de mão de obra técnica de qualidade é, portanto, considerada uma prioridade estratégica para o país, que conta com menos de 8% de profissionais habilitados com alguma formação técnica.
Na prática, ao sair de um curso técnico ou de uma graduação, o concluinte forçosamente passa por uma nova formação, desta vez dentro da própria empresa, que investe bastante no nivelamento deste profissional com vistas a deixá-lo capacitado para encarar os desafios do mundo real, mundo este que ainda está distante da sala de aula de nossas instituições de ensino.
O que deve acontecer em 2023 para mudar este cenário?
Não há uma previsão exata do que acontecerá em 2023 para mudar o cenário do déficit de mão de obra técnica no Brasil, mas algumas medidas que podem ajudar a melhorar a situação incluem:
- Investimentos em educação técnica: para aumentar a oferta de profissionais habilitados em áreas técnicas, é importante investir em programas de educação e treinamento especializados; as IES precisam abraçar esta causa, não apenas ofertando o ensino técnico como parte de sua grade formativa, mas também optando por rever sua oferta de cursos de graduação, aproximando-os das reais necessidades do mercado. Neste sentido, deveremos testemunhar uma mudança significativa no perfil de cursos a serem ofertados na modalidade de EaD, isto, claro, se o MEC e os conselhos de classe pararem de travar a luta contra a inovação no processo de ensino-aprendizagem, liberando as IES a oferecerem práticas laboratoriais a distância com simuladores e outros recursos que possam escalar a formação de mão de obra que o mercado tanto precisa.
- Modernização do ensino técnico: é necessário que o ensino técnico seja atualizado para atender às necessidades da economia, com ênfase em habilidades digitais e inovação; sem esquecer, porém, das soft skills, que precisam permear toda a formação, e não focar apenas nas hard skills, como vem acontecendo em grande parte das escolas técnicas e institutos tecnológicos de nível superior. O uso de laboratórios digitais e metodologias ativas deverão ser fortemente valorizadas a partir de 2023, mudando o perfil formativo dos egressos, tanto nos cursos técnicos, quanto nas graduações tecnológicas.
- Fomento à inovação: é importante apoiar a inovação e a criação de novos negócios para aumentar a demanda por profissionais técnicos e aumentar a oferta de empregos nesta área. Neste sentido, os cursos técnicos, além das graduações superiores de curta duração (cursos tecnólogos) precisam buscar parcerias com a indústria em 2023. Um bom exemplo disto é o sistema educacional dual vivenciado na Alemanha, onde o aluno compartilha cerca de 50% de sua carga horária entre a sala de aula e as atividades dentro das empresas, desde as primeiras etapas de sua formação.
- Foco nas áreas estratégicas: é importante concentrar esforços em setores da economia que têm potencial de crescimento e demandam profissionais técnicos, como tecnologia, indústria e infraestrutura. Infelizmente, até o presente momento, IES e escolas técnicas têm priorizado a oferta de cursos com baixos investimentos em práticas laboratoriais, como os da área de gestão e negócios, por exemplo. Não que esses cursos não sejam importantes, mas existe o sério risco de estagnação desse mercado e, em contraponto, o aumento gradativo da escassez de mão de obra qualificada em outras áreas mais demandadas pelas empresas, em especial, pela indústria. Em 2023, as IES e escolas técnicas deverão investir mais na oferta de cursos nas áreas de TI (Tecnologia da Informação), infraestrutura e produção industrial.
Estas são apenas algumas das medidas que podem ser implementadas para melhorar o cenário do déficit de mão de obra técnica no Brasil em 2023 e em anos subsequentes.
Isto deverá acontecer ou seria bom que acontecesse?
Ofertar o ensino técnico e priorizar áreas formativas em congruência com o setor produtivo deverá ser, a partir deste ano, uma questão de sobrevivência para as instituições de ensino, pois nunca na história da humanidade o conhecimento esteve tão democratizado e acessível como hoje. Cada vez mais as empresas estão prescindindo da exigência formal do tradicional “diploma”. Em vez disto, soft e hard skills estão sendo altamente requeridos pelos departamentos de recursos humanos dessas empresas, com um peso muito maior do que a formação escolar e acadêmica dos candidatos.
E então? Como a sua instituição de ensino irá se posicionar neste ano? Vai continuar fazendo mais do mesmo, ou ingressará na roda do ciclo virtuoso do ensino de qualidade voltado ao mercado de trabalho?
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