Se você trabalha ou ama a Educação, certamente já ouviu falar no termo “transversalidade”. O conceito, bastante antigo, vem ganhando força nas últimas décadas e consiste, basicamente, em inserir conteúdos ditos “complementares” em mais de um componente curricular ao longo de um programa de ensino. Por exemplo, conteúdos de empreendedorismo podem ser abordados transversalmente em matérias como matemática, português, história, entre muitas outras.
Mas, transversalidade invertida? O que viria a ser isto?
Sem dúvida, a transversalidade tem contribuído enormemente com o melhoramento da qualidade do ensino, desde na educação infantil até no ensino superior. Graças a esta prática pedagógica, pouco a pouco vimos ser introduzidos conteúdos não-propedêuticos ao currículo escolar, como educação financeira, ética, cidadania, organização para o trabalho, entre outros. Por se tratar de temas eminentemente práticos, sua abordagem trouxe benefícios inequívocos ao aluno, sobretudo no que se refere à geração do que chamamos de competências, que são saberes mobilizados para a formação do CHA (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes).
Em termos práticos, aprender matemática utilizando exemplos do cotidiano financeiro, por exemplo, comprovadamente ajuda a fixar, de modo mais definitivo, os conceitos e teoremas aritméticos. O mesmo acontece em outras áreas de conhecimento da vida prática, que, quando aplicadas às ciências, dão vida e cor ao processo de aprendizagem.
Mas, até aí, não estamos falando de nenhuma novidade. A questão é, será que este modelo transversal de aplicação das competências práticas atende às reais necessidades da geração “Z”? Será que não estamos tratando o fundamental como complementar? Esta pergunta vai ao encontro de várias experiências inovadoras, aplicadas por escolas orientadas a projetos e a outras metodologias ativas. Nesses novos projetos pedagógicos, aquilo que era transversal para a velha escola, torna-se o foco da aprendizagem, agregando o conhecimento propedêutico a reboque das competências, que vão sendo geradas de acordo com o progresso individual do aluno. Assim, podemos idealizar a nova escola como não mais ensinando as 10 ou mais matérias que, literalmente, empurramos de goela abaixo em nossos alunos desde há muitos e muitos séculos.
A verdade é que a Nova Educação está invertendo a transversalidade, ensinando a separar a verdade da mentira quando se assiste a um noticiário, em vez de se ensinar história. Explorando o planeta e a sociedade, em vez de se ensinar geografia. Estudando os cataclismos e problemas climáticos que vêm ocorrendo em nosso ecossistema, em vez de se ensinar ciências. Criticando as aberrações e violências que os repórteres e personagens da vida pública cometem contra a nossa língua portuguesa, em vez de se ensinar gramática. Eu poderia falar sobre mil e uma maneiras de parar de ensinar e passar a fazer o aluno aprender com o seu mundo real, assim como o imaginário. Mas, para isto, eu lhe privaria do prazer de pensar em uma educação realmente inovadora para o futuro das nossas próximas gerações. Por isso eu lhe faço o convite de imaginar uma escola sem salas de aula, sem quadros negros, sem paredes, sem fronteiras. Um lugar para se sentir bem, feliz com a conquista de um novo saber, que gera competências e que é capaz de mudar o mundo em que vivemos.
O sistema OniLearning de Aprendizagem baseia-se no DNA da nova escola, onde o aluno é o protagonista de seu próprio aprendizado, invertendo definitivamente o sentido da transversalidade na educação profissional. Esta inversão é percebida, tanto no conteúdo, quanto na plataforma digital, 100% centrados no aluno.