Com as mudanças necessárias devido à pandemia, a reforma do Ensino Médio acabou tendo que esperar, dando espaço para questões mais urgentes como o replanejamento para as aulas online. Porém, mesmo com o atual cenário do país, as implementações na educação relacionadas ao Ensino Médio estão prestes a acontecer.
Alguns estados planejam realizar essa reforma de todas as escolas ainda em 2021. Entretanto, os estados têm até 2022 para atender a essa exigência da reforma, aumentando a carga horária de 800 para mil horas anuais, isto é, as secretarias dos estados devem elaborar o planejamento de implementação do novo Ensino Médio e elaborar um cronograma com o percentual de escolas que anualmente vão oferecer o novo currículo.
O que muda com a reforma do Ensino Médio?
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi organizada por áreas do conhecimento, e por isso há a necessidade de haver uma integração curricular e não mais tratar o ensino de forma fragmentada.
A aplicação desse planejamento deve variar de estado para estado. No estado de São Paulo, por exemplo, o professor de Química, vai ensinar um conteúdo de um material que divide com Física, havendo essa sinergia entre as matérias.
A reforma do ensino médio também propõe que a escola esteja mais conectada com a realidade do aluno, para isso, há o projeto de vida e o foco para que o aluno seja protagonista. Alguns estados pretendem adotar o projeto de vida como parte da grade curricular.
Formação geral e os itinerários formativos
Atualmente, o Ensino Médio possui carga horária total de 2.400 horas. Com a reforma, as escolas deverão ter pelo menos 3.000 horas totais, sendo que destas, 1.800 horas serão para a formação geral básica e as demais (no mínimo 1.200 horas) deverão ser voltadas para os itinerários formativos. Cada rede de ensino pode optar por até três desses itinerários.
Quais são os modelos de escolha dos itinerários formativos?
Com a reforma, deverá ser cumprido um currículo mínimo comum de todas as áreas do conhecimento e ainda terão uma parte chamada de itinerários formativos. São três os modelos:
Modelo A
O aluno escolhe um itinerário com conteúdos pré-definidos pela escola ou pela rede. Trata-se de uma trilha de conhecimento mais concisa, porque ele pode escolher o itinerário de Português, por exemplo, e assim vai cursar vários componentes curriculares desta trilha. Neste modelo, o estudante não tem tanta flexibilidade, porém, caso ele tenha interesse em mudar para outro itinerário ao longo do Ensino Médio, ele assim poderá fazer.
Modelo B
Nesse caso, o aluno escolhe a trilha com componentes mais pré-definidos e, durante sua jornada, ele opta por algumas unidades eletivas. O fato de o aluno ter autonomia de poder escolher seu itinerário é um fator muito positivo para sua formação pessoal e profissional.
Modelo C
Já no modelo C, o aluno opta por um itinerário e escolhe as unidades curriculares que irão compor este itinerário. Pelo fato de o aluno ter mais liberdade de escolha, este modelo é chamado de trajetória livre.
Reforma do ensino médio possibilita avanço da formação técnica
A respeito do ensino profissionalizante e técnico, o itinerário formativo técnico-profissional poderá ser ofertado através de parcerias entre o setor público e o privado. Para este formato, conforme previsto na reforma, os estados têm até 2022 para atender o aumento da carga horária de 800 para 1000 horas anuais. A expectativa é que, com essas mudanças, ocorra a melhoria de todos os indicadores e, também, a formação de jovens mais bem preparados para o mercado de trabalho.
Além disso, a formação técnica, em nível médio, possibilita o aluno a ter acesso às vagas de estágio. Porém, para conseguir conquistar uma dessas vagas, o estudante deve estar frequentando um curso voltado para a formação de aprendizes, onde o conteúdo será ministrado de acordo com as atividades que ele irá realizar no processo da aprendizagem.
Contudo, essa integração entre o Programa de Aprendizagem (Jovem Aprendiz) e o novo Ensino Médio deve ser realizada de maneira que se mantenham os objetivos da aprendizagem profissional, que têm como base:
- Acesso à educação: o jovem aprendiz deve estar matriculado na escola até concluir o Ensino Médio.
- Acesso aos direitos sociais: o jovem tem os direitos trabalhistas e previdenciários assegurados de acordo com a Lei de Aprendizagem (nº 10.097/2000).
- Direito à profissionalização: o jovem tem que obrigatoriamente frequentar um curso de profissionalização.
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