O que são metodologias ativas? Essa e outras perguntas que intrigam muitos mantenedores do setor de educação, e poderíamos acrescentar outras, como:
Quais são as mais as metodologias ativas?
É possível utilizar metodologias ativas na EaD?
O que são metodologias ativas?
Metodologias ativas têm a ver com a aprendizagem, e representa um processo que permite a inserção do estudante como protagonista de sua própria aprendizagem.
Em termos práticos, ao invés do centro das atenções ser o professor, este centro se desloca para o aluno, que se torna capaz de decidir de que maneira ele absorverá o conhecimento e desenvolverá suas habilidades.
No contexto das metodologias ativas, o professor se posiciona como um facilitador da aprendizagem, propondo trilhas alternativas para a busca do conhecimento e desafiando o aluno a se desafiar para conseguir gerar as competências necessárias aos seus objetivos educacionais.
Quais são as metodologias ativas?
Toda e qualquer metodologia que motive o aluno a aprender, colocando-o como protagonista de seu processo de aprendizagem, pode ser considerada como uma metodologia ativa. Desse modo, podemos citar algumas das mais utilizadas por educadores em todo o mundo, tais como:
- Sala de aula invertida;
- Aprendizagem baseada em problemas;
- Aprendizagem baseada em projetos;
- Gamificação da aprendizagem;
- Aprendizagem orientada a estudos de caso;
- Aprendizagem orientada ao Design Thinking.
Alguns autores classificam o ensino híbrido também como uma metodologia ativa, no entanto, a melhor categorização para este método é no grupo das modalidades de ensino, que podem ser:
- Ensino presencial;
- Ensino a distância;
- Ensino híbrido (que mescla as duas modalidades acima).
As metodologias ativas podem, e devem, ser utilizadas em conjunto, de forma articulada. Cabe ao docente lançar mão de cada uma delas para atender suas necessidades específicas quanto ao melhor meio de aprendizagem para seus alunos.
Vamos conhecer cada uma delas?
Sala de aula invertida
Como o próprio nome diz, essa metodologia tem por objetivo inverter a sala de aula. Conhecida como flipped classroom, essa metodologia visa provocar o aluno a pesquisar sobre um determinado tema antes mesmo de o professor transmitir o conteúdo.
Na prática, é lançado um conteúdo para reflexão acerca de um conceito ou definição logo no início da aula ou da trilha de aprendizagem. Na sequência, os estudantes se esforçam em ir ao encontro do conhecimento por esforço próprio.
Ao encontrar o conteúdo certo, ele consegue absorvê-lo de forma mais efetiva, sobretudo se o professor promover debates e discussões logo na sequência desta descoberta.
No caso da modalidade de EaD, também é possível aplicar a sala de aula invertida, por meio do fórum de discussões, disponível na grande maioria das plataformas educacionais (LMS).
Já em sala de aula, convém que o processo seja realizado em equipe, para promover ainda mais a troca de informações e de opiniões entre os discentes.
Aprendizagem baseada em problemas
Da mesma forma que a sala de aula invertida propõe a inversão do processo de ensino-aprendizagem, a PBL (Problem Based Learning), ou aprendizagem baseada em problemas, vai nesta mesma linha. No entanto, a PBL se baseia em uma proposta desafiadora de resolução de um problema.
A partir da busca por sua resolução, a problemática proposta pelo professor induz a aprendizagem do aluno, pois em função deste objetivo ele é estimulado a consumir conteúdos relevantes para atingir esta finalidade. Uma vez solucionado o problema, a aprendizagem gera competência, aumentando a longevidade do conhecimento apreendido pelo aluno.
Aprendizagem baseada em projetos
Também conhecida como PBL, sendo que o “P” se refere a projetos, e não a problemas, o Project Based Learning se utiliza do mesmo princípio que norteia a aprendizagem baseada em problemas. A diferença aqui é o processo de construção do produto gerado ao longo do projeto. O fato de o aluno conseguir desenvolver algo concreto, eleva seu nível de motivação em todas as fases da aprendizagem.
A aprendizagem baseada em projetos é ideal para cursos e programas de treinamento essencialmente práticos, que permitem um conteúdo abrangente no contexto da construção de um produto ao término da trilha de aprendizagem.
O fato de o estudante conseguir desenvolver e levar um produto consigo para o resto da vida, é demasiadamente motivador e estimulante, elevando a níveis inimagináveis o grau de absorção dos conteúdos empregados ao longo de seu projeto.
Gamificação da aprendizagem
A aprendizagem baseada em games (GBL – Game Based Learning) é uma das mais empolgantes metodologias ativas disponíveis na atualidade. A tônica desta metodologia não é outra senão a motivação por desafios e recompensas.
Os jogos educativos (ou games educacionais) podem ser amplamente empregados no processo ensino-aprendizagem. E se você pensa que esse tipo de metodologia só pode ser utilizado na modalidade de EaD, está redondamente enganado. É possível aplicar esse método também no ensino presencial, por meio de dinâmicas de grupo, gincanas e toda sorte de desafios.
Aprendizagem orientada a estudos de caso
Nenhuma teoria intrincada e complexa resiste a um bom exemplo. É com base nesta máxima que a aprendizagem orientada a estudos de caso (cases) se propõe a tornar a aprendizagem mais eficaz.
Atividades simples como assistir a filmes ou ler depoimentos e relatos jornalísticos acerca do objeto de estudo aumentam o grau de motivação para o aprendizado.
Se o professor conseguir inverter a sala de aula, deixando a teoria para depois do estudo de caso, ele unirá o que há de melhor nas duas metodologias ativas: sala de aula invertida e aprendizagem orientada a estudos de caso.
Aprendizagem orientada ao Design Thinking
Uma imagem fala mais do que mil palavras. Você já escutou alguém dizendo isto? Certamente esta é uma das verdades mais aceitas no campo da cognição. As imagens falam por si só, e se apresentam como excelentes ferramentas didáticas.
Técnicas como mapas conceituais, diagramas de espinha de peixe, entre várias outras, contribuem para uma melhor fixação do conhecimento por parte do aluno.
E se o professor conseguir aplicar ferramentas como mapas mentais, fazendo com que seu aluno consiga, ele mesmo, relacionar conceitos e deduções próprias entre si, estará aplicando genuinamente uma metodologia ativa, pois o estudante estará sendo, de fato, o protagonista de sua própria aprendizagem.
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