A TeleSapiens está presenteando professores e educadores de todo o Brasil com o curso gratuito de Introdução às Metodologias Ativas. Esta é uma iniciativa da edtech em prol da melhoria da qualidade de ensino em todos os níveis e modalidades educacionais.
O curso foi meticulosamente produzido 100% em videoaulas online, abordando o que há de essencial nas principais metodologias ativas praticadas no mundo da educação.
Ao término da trilha de aprendizagem deste curso, o professor poderá submeter o seu plano de projeto em formato de artigo científico. A equipe pedagógica da TeleSapiens irá analisar todos os trabalhos submetidos e conferirá, aos que chegarem a um projeto factível de aplicação dessas metodologias em sua realidade pedagógica, um certificado de aprovação.
Os melhores trabalhos ficarão no radar da equipe editorial da TeleSapiens para possíveis produções de material didático.
O curso estará no ar, com inscrições gratuitas, até 31 de janeiro de 2022. Neste período, os interessados deverão submeter seus trabalhos, e os resultados deverão ser divulgados até o dia 28 de fevereiro de 2022.
Mas, por que é importante saber aplicar metodologias ativas no processo de aprendizagem de seu aluno? O que torna um processo de ensino-aprendizagem propriamente ativo? Vamos descobrir?
Aprendizagem ativa versus passiva
O velho método de ensino onde o professor é o transmissor do conteúdo e o aluno tão somente o consome está com os dias contados. Este método é o que costumamos chamar de aprendizagem passiva, onde o aluno é um mero espectador deste conteúdo. Este tipo de aprendizagem é marcado pelo baixo engajamento do aluno no processo cognitivo e, consequentemente, a baixa motivação pelo aprender.
Já na aprendizagem ativa, o aluno se torna protagonista de seu próprio processo cognitivo, e o professor se torna o facilitador da aprendizagem de seus alunos.
As metodologias ativas vêm socorrer os professores e educadores interessados em mudar de vez este antigo paradigma do ensino tradicional. Mas, quais são exatamente as metodologias ativas sobre as quais estamos falando? Vamos conhecer um pouco sobre cada uma delas? Reunimos as sete principais.
Aprendizagem baseada em projetos
Como o próprio nome já o diz, a aprendizagem baseada em projetos (Project Based Learning) centra o processo cognitivo em um projeto. O objetivo dessa metodologia ativa é motivar o aluno a consumir o conteúdo proposto pelo professor, assim como buscar outras fontes de conhecimento, visando sua aplicação imediata em um projeto que acompanha toda a trilha de aprendizagem.
Normalmente este projeto é proposto logo no início da trilha de aprendizagem do aluno, norteando uma série de atividades desenvolvidas por eles e acompanhadas de perto pelo professor, que literalmente assume o papel de gerente de projeto.
Para conduzir bem um processo de aprendizagem baseada em projetos, o professor precisa se apropriar de certas ferramentas e técnicas, como a do gerenciamento de projetos, por exemplo. As tecnologias de software e aplicativos podem ajudar bastante o docente neste processo.
Se você é professor ou educador e pretende fazer o curso de Introdução às Metodologias Ativas da TeleSapiens, notará que esta será a primeira metodologia a ser abordada no curso. E para contrariar o ditado que diz: casa de ferreiro, espeto de pau; o curso fará uso desta primeira metodologia ativa para expor todo o conteúdo do começo ao fim, tendo como ápice o Plano de Projeto, sugerido no final do curso.
Sala de aula invertida
A princípio seu nome parece estranho, mas esta metodologia ativa propõe aquilo que é fundamental dentro do conceito das metodologias ativas: tornar o aluno protagonista de sua aprendizagem.
A sala de aula invertida, ou flipped classroom como é conhecida na língua inglesa, é uma técnica pedagógica ativa que propõe ao professor algo um tanto quanto inusitado no mundo da educação: inverter o fluxo cognitivo de uma sala de aula (ou em um ambiente de aprendizagem a distância).
Desse modo, inverter uma sala de aula pode ser entendido como o ato de se trocar a ordem entre a teoria e a prática. No ensino tradicional, normalmente o professor discorre sobre toda a teoria em torno de um tema central para, somente depois, aplicar exemplos, exercícios e atividades contextualizadas aos objetos de estudo.
No caso da sala de aula invertida isto acontece ao contrário, ou seja, o professor provoca o aluno a ir em busca do conhecimento por sua própria conta, antes mesmo da abordagem didática, que só acontece depois e em função desta busca.
Mas, para que isto seja possível, são propostas algumas atividades como desafios individuais ou colaborativos, onde o aluno é instigado a correr atrás do conhecimento para trazer à sala de aula (ou ao fórum de discussões em um Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA).
De posse deste conhecimento, o conteúdo é debatido por todos, até que seja consolidada a aprendizagem.
Aprendizagem aos pares
Outra técnica bastante eficiente que pode ser aplicada no âmbito das metodologias ativas é o peer instruction, ou aprendizagem aos pares, traduzindo para o português.
Nesta metodologia, os alunos são estimulados a estudar em pares. Estes pequenos grupos são normalmente escolhidos a dedo pelo professor, de modo que haja complementariedade de níveis de conhecimento ou de habilidades entre os pares.
Na prática, o peer instruction multiplica a ação do professor, fazendo com que cada par possa desempenhar o seu papel na instrução da turma. Desse modo, em um par de aprendizagem, hora um é o professor e o outro o aprendiz, hora os papeis se invertem.
Muitas são as técnicas e ferramentas complementares que podem ser utilizadas nesta metodologia. A aprendizagem aos pares pode ser um importante instrumento quando associada à sala de aula invertida ou a outras metodologias ativas combinadas.
Aprendizagem baseada em problemas (PBL)
À primeira vista, a metodologia da aprendizagem baseada em problemas (Problem Based Learning) pode ser confundida com a aprendizagem baseada em projetos. O fato de ambas compartilharem a mesma sigla “PBL” só aumenta a confusão entre os métodos, mas existe uma diferença fundamental entre elas.
No caso da aprendizagem baseada em projetos, o fluxo cognitivo normalmente se respalda em um único projeto norteador, que vai do início ao fim da trilha de aprendizagem.
Já no caso da aprendizagem baseada em problemas, não existe essa obrigatoriedade de reunir todas as atividades cognitivas em torno de um único projeto norteador. Normalmente, essa metodologia divide a construção do conhecimento em vários segmentos, cada qual com o seu problema a ser resolvido. Em outras palavras, os problemas de uma trilha não necessariamente têm que estar interconectados entre eles.
No entanto, a filosofia dos dois métodos PBL é a mesma: proporcionar um sentido prático e uma motivação para o aluno ir em busca do conhecimento.
A aprendizagem baseada em problemas foi empregada pela primeira vez em cursos na área de medicina, onde a resolução de problemas é uma constante na vida do profissional egresso deste curso. A prática deu tão certo que várias outras áreas de conhecimento estão fazendo uso dessa metodologia para tornar mais prática e motivante a aprendizagem de seus alunos.
Ensino adaptativo
O ensino adaptativo, ou adaptative learning, como é chamado em inglês, é uma das mais eficazes metodologias ativas. Seu objetivo é tornar a aprendizagem personalizada (e por que não dizer, pessoalizada) para cada aluno. É como se houvesse um professor para cada um, mesmo havendo apenas um para todos. Mas, como isso é possível?
Na prática, promover o ensino adaptativo é levar o conteúdo necessário na dose certa para atender a necessidade de aprendizagem de cada aluno. Sem o uso de tecnologias digitais, confessamos que esta tarefa não é nada fácil, mas não é impossível.
Uma das técnicas bastante utilizadas no contexto do ensino adaptativo é a pré-qualificação da trilha de aprendizagem por meio da avaliação diagnóstica. Estamos falando de submeter o aluno a uma avaliação precoce logo no início de sua trilha, para que, em função dos indicadores dessa avaliação, este aluno possa ser direcionado às fontes de conhecimento que realmente interessam ao seu desenvolvimento cognitivo.
Alguns ambientes virtuais de aprendizagem, como o próprio Moodle, dispõem de APIs e outros recursos capazes de proporcionar esse nível de personalização das trilhas de aprendizagem. Mas, mesmo em sala de aula convencional, é possível aplicar essas técnicas, em combinação com outros métodos ativos, para segmentar os percursos formativos dos alunos ou grupos de alunos.
O ensino adaptativo é uma metodologia fundamental para a educação inclusiva, pois possibilita a aprendizagem individualizada do aluno sem abrir mão de sua vivência social dentro da sala de aula.
Aprendizagem baseada em games
A vida é um jogo! Este velho adágio popular nunca foi tão atual e aplicável ao mundo da educação. Com base nisto, cada vez mais os professores e suas instituições estão investindo na aplicação de jogos educativos para estimular a aprendizagem de seus alunos.
A gamificação da aprendizagem, ao contrário do que se pensa, não está necessariamente atrelada às tecnologias de games digitais. Mesmo em uma sala de aula convencional, sem qualquer recurso cibernético, é possível aplicar jogos e brincadeiras para promover a aprendizagem, com tanto que sejam aplicados os fundamentos da gamificação: desafio, recompensa e progresso.
O fato de a aprendizagem baseada em games (Game Based Learning) transferir o protagonismo do aprendizado ao próprio aluno, a qualifica como uma das metodologias ativas.
Existem vários games educacionais disponíveis no mercado, muitos deles gratuitos como os do repositório de objetos educacionais abertos da Universidade Aberta de Portugal (UAB). Eles são uma tendência que não para de avançar, devendo se tornarem uma das principais norteadoras da aprendizagem em todos os níveis de ensino, desde a educação infantil até a pós-graduação.
Os simuladores virtuais também representam um avanço na eficiência dos métodos de aprendizagem ativa. Quando esses simuladores conseguem proporcionar esquemas de recompensa e progresso, eles também podem ser considerados como ferramentas de gamificação, passando a fazer parte desta mesma metodologia de aprendizagem baseada em games.
Design Thinking
Certamente você já deve ter ouvido falar neste termo. O Design Thinking (DT) é uma ferramenta do Design que migrou para a gestão de projetos e, atualmente, vem sendo amplamente utilizada em várias áreas de conhecimento.
O fundamento do Design Thinking enquanto metodologia ativa de aprendizagem se respalda na máxima que diz: uma imagem fala mais do que 1.000 palavras. Na prática, esta metodologia visa aplicar várias técnicas como mapas mentais, mapas conceituais, diagramas de Ishikawa, entre várias outras, para facilitar a aquisição de conhecimento sobre algo.
O DT pode ser entendido, portanto, como uma caixa de ferramentas que podem ser associadas e combinadas com várias das outras metodologias ativas, como a PBL por exemplo.
Quando associada a ferramentas computacionais, o DT pode ganhar força, permitindo ao aluno construir o seu conhecimento de forma autônoma e visual.
Vamos aprender mais sobre as sete principais metodologias ativas?
Agora convidamos você, professor ou educador, a ser protagonista de seu próprio desenvolvimento docente. Clique neste link e se inscreva gratuitamente no curso de Introdução às Metodologias Ativas da TeleSapiens.
A gente te espera por lá!