Se você trabalha com a construção de currículos, programas e projetos pedagógicos, saiba que você é um arquiteto educacional. Estamos falando de uma etapa anterior ao desenho instrucional. E assim, como acontece na arquitetura, o projeto é a alma da obra. Se erros são cometidos nele, não se engane: muitas inconsistências serão identificadas quando os alunos começarem a percorrer os componentes curriculares futuramente.
Mas, e então, como desenvolver um projeto curricular eficiente? Quais os critérios que se deve levar em consideração? Como devem ser calculadas métricas como carga horária e modulação? É isto que iremos descobrir a partir de agora.
Imagem: Adaptado de Freepik.
A primeira coisa que se deve ter em mente ao projetar uma matriz curricular é o ensino híbrido, ou seja, é importante que esta mesma matriz sirva à integralização da carga horária do curso em qualquer modalidade: seja presencial, EaD ou híbrida. Neste sentido, vão aí algumas dicas preciosas para você:
DICA #1: De olho na carga horária
Procure trabalhar com cargas horárias padronizadas, mantendo todas as disciplinas com 60 ou 80 horas. A Editora TeleSapiens, por exemplo, recomenda que seus componentes curriculares sejam ofertados com a carga horária de 80 horas, pois, desse modo, é possível formatar cinco disciplinas semanais, cada uma ocupando um dia na semana. Ou ainda, se a oferta for seriada (um componente após o outro), esta carga horária permitirá que cada disciplina seja ofertada em um mês fechado, com 20 horas semanais. Desse modo, teremos cinco disciplinas por período letivo, dez por ano, e assim por diante.
Outro ponto de atenção é quanto à carga horária mínima exigida no catálogo e diretrizes nacionais do MEC, tanto para os cursos técnicos, quanto para as graduações. Fique por dentro dessas cargas horárias mínimas, bem como sobre as nomenclaturas exigidas pelo INEP/MEC, por meio dos seguintes documentos:
- CNCT – Catálogo Nacional de Cursos Técnicos
- Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia
- Diretrizes Curriculares – Cursos de Graduação
DICA #2: De olho na flexibilidade curricular
Para acompanhar a dinâmica da clientela estudantil contemporânea, os currículos tiveram que se adaptar à nova realidade e perfil do estudante. O aluno de hoje é mais pragmático, mais objetivo, e precisa conciliar as atividades acadêmicas com as profissionais ao mesmo tempo. Uma boa matriz curricular precisa ser flexível, permitindo o ingresso do aluno em diferentes períodos do curso. Para que isto seja possível, sua instituição deve evitar pré-requisitos entre componentes curriculares.
Um bom modelo de currículo é o que permite o ingresso progressivo circular. As matrizes que suportam este modelo são popularmente conhecidas como matrizes circulares ou matrizes em carrossel.
Imagem: Adaptado de Freepik.
Para assegurar que a sua matriz possa permitir esse tipo de ingresso, evite criar disciplinas de “INTRODUÇÃO”, ou que tenham nomes contendo termos como “AVANÇADO”, “PARTE 2”, “PARTE 3”, etc.
Na ementa, assim como no conteúdo, não permita a referência a trechos de outras disciplinas supostamente ministradas anteriormente. Isto enseja que o componente curricular em tela possui um pré-requisito.
DICA #3: De olho na aplicação prática
Ao construir a sua matriz curricular, evite disciplinas excessivamente teóricas, que não geram uma competência. Em outras palavras, um componente curricular deve ter um fim em si próprio, não delegando a outra disciplina a experiência prática que deveria ser esgotada no tema que ele aborda.
Assim, uma disciplina de “INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO”, por exemplo, deve encerrar todo o conteúdo necessário para que o aluno desenvolva a competência de projetar e executar a instalação elétrica de uma edificação. A partir do momento em que ela só traz a teoria, uma outra disciplina terá que ser criada para abordar a prática, o que configurará esta disciplina como seu pré-requisito.
DICA #4: De olho na economia
Matrizes curriculares são partes de um grande “Lego”. Desse modo, procure se utilizar de disciplinas básicas. Elas proporcionam o conhecimento necessário para cobrir conteúdo complementar exigido pelas diretrizes nacionais, como “meio ambiente e sustentabilidade”, “atendimento humanizado” (no caso da saúde), “empreendedorismo”, “gestão de carreira”, “português instrumental”, entre outras.
Mas, cuidado para não “encher linguiça”. Por exemplo, forçar um aluno de engenharia a cursar mais do que 50% de um período apenas com disciplinas da área de gestão, muito provavelmente o fará desistir do curso precocemente. Desse modo, tenha em mente o seguinte mapa conceitual antes de montar a sua matriz:
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DICA #5: Conheça as matrizes de referência da TeleSapiens
Se você quiser uma “ajudinha” na formatação de seus projetos pedagógicos para EaD ou ensino híbrido, a TeleSapiens dispõe de inúmeras matrizes de referência, todas elas levando em consideração as mais de 500 disciplinas disponíveis no acervo da TeleSapiens. Estamos falando de matrizes completas, com planos de ensino, ementário, bibliografia e autores com permissão contratual para você os utilizar como conteudistas em seu projeto pedagógico no e-Mec ou no Sistec.
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