Você sabia que o prazo para iniciar a oferta de projetos curriculares extensionistas inicia-se no primeiro semestre de 2023? Isso mesmo. Você só tem até o final deste ano letivo para planejar como a sua IES irá desenvolver a curricularização da extensão. Assustado? Calma! Vamos explicar tudo isso para você neste artigo.
Agora é oficial: curricularização da extensão obrigatória a partir de 2023
A Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou a Resolução nº 7 de 18/12/2018, que trata da regulamentação que será aplicada aos projetos extensionistas a partir de sua implementação. Esta implementação será obrigatória a partir de 2023. Clique aqui para baixar a Resolução na íntegra.
Você sabe o que isto significa? Em síntese, a partir de 2023, a extensão da educação superior fará parte do currículo de todos os cursos de graduação, com uma carga horária mínima equivalente a 10% (dez por cento) do total de horas previsto para a integralização da carga horária de todo o curso. E isto se aplica a todos os cursos, mesmo àqueles que já possuem previsão de atividades de extensão em seus PPC.
Mas o que é a extensão da educação superior?
A extensão representa o conjunto de atividades que se integra à organização curricular e à pesquisa de modo interdisciplinar, político-educacional, cultural e científico. Sua finalidade é promover a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e outros setores da sociedade, por meio da produção e aplicação do conhecimento articulado com o ensino e a pesquisa (Art. 3º).
Em outras palavras, o estudante deverá, ao longo de sua formação, desenvolver atividades capazes de beneficiar comunidades e setores da sociedade inseridos em sua região de influência.
Como sua IES pode aplicar isso na prática?
O modo mais simples e direto de se aplicar, na prática, a curricularização da extensão no âmbito do ensino superior é por meio da proposição de desafios colaborativos que envolvam os estudantes e a comunidade em projetos com um forte cunho de responsabilidade social, como o desenvolvimento de aplicativos, criação de organizações não-governamentais para a construção e aplicação de projetos sociais, entre outras iniciativas que possam beneficiar a sociedade.
Qual a carga horária e a modalidade de aplicação permitidas?
A carga horária para o cumprimento da curricularização da extensão é de 10% (dez porcento) da carga horária do curso, e deverá ser integralizada presencialmente para os cursos de graduação autorizados para a modalidade a distância (Art. 9º). Já para os cursos autorizados na modalidade presencial, a resolução é omissa quanto à modalidade de oferta da extensão, o que se pressupõe poder ser ofertada a distância.
Para as IES que ofertam graduações em EAD, é importante que essas atividades sejam articuladas com seus polos de apoio presencial, uma vez que os estudantes deverão comparecer presencialmente para o desenvolvimento desses projetos. Mas, isto não significa que todas as atividades inerentes ao processo de desenvolvimento dessas atividades tenham que ser desenvolvidas no polo. É possível oferecer um suporte digital a esses projetos, com conteúdos de apoio e ferramentas de gerenciamento para o corpo docente.
Essas ferramentas digitais devem ser integradas à plataforma EAD de sua IES, uma vez que você precisará comprovar a integralização e o cumprimento desta carga horária perante à comissão avaliadora do INEP, tanto em visitas de reconhecimento de curso, quanto nas de recredenciamento institucional.
No caso dos projetos extensionistas de cursos na modalidade EAD, uma boa prática é a construção de um calendário de encontros presenciais que performem a carga horária mínima necessária exigida pela Resolução CNE 7/2018. A distribuição desses encontros ao longo de todo o curso pode ser uma boa alternativa para desconcentrar a necessidade de deslocamentos por parte dos estudantes.
O que é necessário para desenvolver projetos extensionistas?
Para fazer a curricularização da extensão acontecer em sua IES, você precisa, primeiramente, envolver todo o corpo docente (ou tutoria) nas atividades previstas no calendário dos projetos. Esses projetos devem ser planejados de modo transversal ao currículo dos respectivos cursos, envolvendo a maior quantidade possível de disciplinas nesta interdisciplinaridade proposta pela Resolução CNE 7/2018 (Art. 3º).
O que a TeleSapiens está fazendo para ajudar a sua IES?
Até o término deste ano letivo, a TeleSapiens deverá reunir mais de 100 desafios colaborativos para projetos extensionistas. Isso tudo, além dos mais de 4.400 desafios colaborativos e atividades contextualizadas já oferecidos atualmente em seu repositório. Esses desafios e atividades atualmente ofertados são inerentes às disciplinas, com uma métrica de 4 desafios colaborativos e 4 atividades contextualizadas por cada uma das mais de 550 disciplinas de graduação existentes no acervo da TeleSapiens.
Já os desafios colaborativos para projetos extensionistas serão interdisciplinares, e poderão ser aplicados aos cursos de graduação, com as cargas horárias mínimas exigidas pelo CNE. Cada um desses desafios contará com os seguintes elementos em seu escopo:
- Contextualização do problema
- Público-alvo
- Proposta de escopo para o projeto
- Componentes curriculares relacionados de forma transversal
Especificamente para o corpo docente (ou tutoria), cada desafio trará:
- Orientações quanto ao gerenciamento do projeto nas plataformas EAD
- Rubricas de avaliação do estudante
E o melhor! Todo esse conteúdo será disponibilizado em formato aberto e editável, para que professores/tutores e alunos possam deles partir para a construção de seus próprios projetos, personalizados e customizados para a sua região.
Interessado em conhecer mais sobre a curricularização da extensão?
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