Por David Stephen
Segundo levantamento do Observatório Nacional da Indústria, a indústria brasileira precisa ocupar mais de 77 mil vagas para técnicos de nível médio, visando atender às necessidades de crescimento do setor em 2023. Essas vagas, cerca de 30% serão ofertadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, prioritariamente nas áreas de Logística, Transporte, Metalmecânica, Eletroeletrônica, Tecnologia da Informação e Construção Civil.
Segundo o Observatório, mais de 20% de todos os empregos industriais lançados em 2023 serão de nível técnico, o que vai na contramão do mercado educacional brasileiro, que insiste no oceano vermelho do ensino superior.
Mas, como suportar essa demanda? O setor educacional está preparado para isto? E qual o plano “B” da indústria para atingir esta meta?
É sobre isto que iremos falar neste artigo.
Todos sabemos que o Brasil é um gigante adormecido. Foi assim que as gerações das décadas de 70, 80 e 90 foram educadas e acostumadas a encarar seu país. Mas, até quando ficaremos dormindo em berço esplêndido?
O Brasil amarga um dos piores índices na formação técnica em todo o mundo. Enquanto em países como a Alemanha e o Reino Unido mais da metade da população possui formação técnica, no Brasil pouco mais de 8% da população encontra-se nesta situação. Os efeitos disto são nefastos, colocando o país em uma das últimas posições no índice de competitividade industrial.
Desde a década de 80, quando paramos de formar técnicos de forma obrigatória no ensino médio, este número vem piorando, instituindo no país o que chamamos de pirâmide invertida no processo educacional, com cada vez menos técnicos em sua base, e cada vez mais bacharéis e pós-graduados em seu topo.
A ineficácia da academia e a reação da indústria
Chegamos em 2023. Agora não dá mais para esperar! É esta foi a mensagem clara que as empresas emitiram para o Observatório Nacional da Indústria, que sinalizam mais de 77 mil vagas de empregos a serem abertas para profissionais de nível técnico, representando mais de 20% do total de contratações esperadas para este período.
Mas, do outro lado desse jogo, a academia oferece poucos cursos técnicos e muitos cursos de graduação e pós. Na contramão da necessidade do mercado, as IES seguem na sanha de ofertar cada vez mais vagas para o ensino superior, fechando os olhos para um oceano azul de oportunidades na formação técnica. No ano passado (2022), o MEC reabriu o Sistec, que estava parado há mais de dois anos. Mas, infelizmente, poucas foram as IES que conseguiram submeter projetos de credenciamento e autorização de cursos técnicos neste edital. Então, teremos mais um hiato entre o mercado de trabalho e a academia, que insistem em andar de mãos separadas.
E como um plano “B”, as empresas passaram a formar sua própria mão de obra técnica, oferecendo vagas de formação informal, a exemplo do sistema dual praticado na Alemanha. Neste sistema, o estudante passa parte de seu tempo escolar dentro da empresa, que empreende esforços em lhes passar o conhecimento e as habilidades necessárias para o seu desempenho profissional. A diferença é que, na Alemanha, as escolas técnicas e universidades cumprem o seu papel de formar esses estudantes no contraturno de seu período de trabalho, o que não está acontecendo no Brasil.
Como a sua IES ou escola técnica pode aproveitar o oceano azul da formação técnica?
Um dos maiores desafios para a academia oferecer cursos técnicos é a falta de conteúdo e laboratório destinados a esse nível de formação. Pensando nisto, a TeleSapiens lançou, recentemente, um acervo especificamente produzido para cursos técnicos e profissionalizantes: o QualiProf.
São mais de 160 disciplinas técnicas, com uma experiência de consumo completamente diferente das disciplinas produzidas para o ensino superior (acervo QualiSuper). Assinando o QualiProf, sua IES ou escola técnica passa a acessar a possibilidade de oferta de mais de 40 cursos técnicos de alto valor agregado, atendendo em cheio às áreas estratégicas de formação técnica mencionadas no início deste artigo, com destaque para os segmentos de logística, transporte, saúde, infraestrutura industrial e tecnologia da informação, além de cursos na área de gestão e soft skills.
Além dos conteúdos, o QualiProf traz práticas laboratoriais por meio de desafios colaborativos e simuladores 2D, 3D e em realidade virtual para o Metaverso. Você pode aproveitar esse mundo de conteúdo e recursos tecnológicos para explorar esse mercado milionário chamado Ensino Técnico-Profissionalizante.
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